1993 [Roteiro de Espetáculo]

Escrito para ser um expetáculo de exportação durante a gestão do ministro Antonio Houaiss no Ministério da Cultura, foi aprovado pelo próprio Houaiss para ser patrocinado pelo Fundo Nacional de Cultura e estreou com grande repercussão e sucesso artístico no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com quatro récitas e um ensaio aberto, entre os dias 9 a 12 de setembro de 1993.

Escrito no Rio de Janeiro, em março de 1993

Roteiro apresentado ao ministro Antonio Houaiss [ler/download (pdf)]

Original datilografado do roteiro [ler/download (pdf)]

Certificado da Biblioteca Nacional – Escritório de Direitos Autorais [ver (jpg)]

Carta de aprovação do ministro Houaiss

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Sete Danças para Villa-Lobos
Balleteatro


Teatro Municipal do Rio de Janeiro
de 9 a 12 de setembro de 1993

Músicas de Villa-Lobos
Textos de Oswald de Andrade

Izabel Costa - 1ª bailarina
Hélio Zolini - Ator convidado

Bailarinas solistas
Eraci De Oliveira
Paula Maracajá
Juliana Meziat
Giselle Lima

Bailarinos solistas
Sylvio Dufrayer
Renato Miranda
Claudio Galvão
Paulo Torres

Direções
Oscar Araiz - Coreografia e direção geral
Izabel Costa – Pesquisa coreográfica e co-autora do libreto
Roberto Duarte - Direção musical e regência
Mario Drumond – Libreto e produção
Ira Cardoso – Assist. de coreógrafo e ensaiadora de dança
Eid Ribeiro - Direção teatral
Paulo Flaksman – Cenografia
Adriana Leite – Figurinos
Oscar Araiz/David Miguel – Luz
Martha Ferraris – Direção de produção
David Miguel – Direção de técnica
Ricardo Misutani – Sonorização
Paulo Henrique Souto - Assessoria de imprensa
Aloysio Fagerlande - Assist. de direção musical
Realização: Companhia Aquarela de Dança

Patrocínio
Ministério da Cultura
Fundo Nacional de Cultura
Secretaria de Estado da Cultura do Rio De Janeiro
Funarj - Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro
Fundaçao Teatro Municipal do Rio de Janeiro

Orquestra e Coros (ao vivo)
Em ordem alfabética:
Aloyslo Fagerlande (fagote); Antônio Augusto (trompa); Antônio Bruno (sax-alto); Carlos Alberto Rodrigues (flauta e flautim); Elza Marins (harpa); Francisco Frias (violão); Glauco Baptista (piano); Gustavo Borchert (percussão); João Daltro de Almeida (violino); José de Freitas (clarineta); Lino Hoffinann (percussão); Luiz Carlos Justi (oboé); Marcelo Souza (percussão);

Maria Tereza Madeira (celesta); Paulo Sodré Vaz (percussão); Pedro Garcia (percussão); Philip Doyle (trompa); Ricardo Santoro(violoncelo); Rodolfo Cardoso (percussão); Sérgio de Jesus (trombone) e Zdenek Stab (trompa). Coros: Voz e Cia e Calíope, Reg. JulIo.Moretbzon; Brasil Philarmonia Coro, Reg. Flávia Vieira.

Revista-programa [ler/download (pdf)]

Ensaio fotográfico dança por dança, de autoria do fotógrafo Cafi [ver (pdf)]


Clipping jornalístico da estréia [ler/download (pdf)]

A realização desta obra enfrentou graves problemas na política então vigente no MinC e na Funarj, cujas burocracias não só eram adversas à orientação que o ministro pretendia imprimir à sua gestão, como também a sabotavam sistematicamente através das máfias de corrupção e clientelismo que nelas estavam instaladas. A batalha interna foi de tal ordem que o ministro foi praticamente derrubado de seu cargo poucos dias antes da estréia do espetáculo, tendo deixado o ministério em 1 de setembro de 1993.
Nas apresentações da estréia, Houaiss não pode comparecer por estar internado em hospital por estresse e outros problemas causados pelas vicissitudes de sua curta gestão (11 meses) à frente do MinC. Seus sucessores não somente não deram continuidade ao espetáculo, que previa turnês nacionais e internacionais, como nem quiseram tomar conhecimento dele. E todo o empenho, esforço, investimento artístico, público e privado feitos para a realização deste grande espetáculo se perdeu. Fica-nos a memória, as idéias heróicas, patrióticas e imortais dos gênios de Villa-Lobos, Oswald de Andrade e Antonio Houaiss, e a proposta ainda viva de uma remontagem dessa obra que permanece válida como contribuição da arte brasileira para o cenário universal da criação erudita e do mundo do espetáculo.